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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Bíblia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro"[1]) é o

 texto religioso central do cristianismo e sendo o maior Best-Seller de todos os
 tempos com mais de 6 Bilhões de cópias vendidas em todo o Mundo, 7 vezes
 o número de cópias do 2º Colocado da Lista dos 21 Livros Mais Vendidos.[2]
Foi São Jerônimo, tradutor da Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao
 conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina".
 A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente
 inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão 
(além do cristianismo e do judaísmo, o islamismo).
 São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinônimo de
 "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".
As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus
 cânones sagrados. Inclusive protestantes entre protestantes. Algumas
 igrejas cristãs protestantes possuem 39 livros no Antigo Testamento
 como parte do cânone de suas Bíblias, e outras, 46 livros. As Bíblias
 protestantes que possuem 46 livros são das igrejas que aceitam os
 deuterocanônicos como inspirados. A Igreja Católica possui 46 livros 
no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (os livros de 
TobiasJuditeSabedoriaEclesiástico (ou Sirácides), BaruqueI Macabeus
 e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel).
 Estes textos são chamados deuterocanônicos (ou "do segundo cânon")
 pela Igreja Católica.
Importante dizer que uma parcela grande de judeus, cerca de quatro quintos,
tem em seu cânon os deuterocanônicos, diferente da minoria farisaica palestinense.
 E foi dessa minoria que alguns Protestantes do século XX, finalmente
 retificaram seu cânon, com os aparecimentos das primeiras
 Sociedades Bíblicas.
As igrejas cristãs ortodoxas, e as outras igrejas orientais, aceitam, além de 
todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos
 Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do 
livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega,cópticaeslava
 e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).[3]
As igrejas cristãs protestantes, consideraram os textos deuterocanônicos 
como apócrifos, mas os reconhecem como leitura proveitosa e moralizadora, 
além do valor histórico dos livros dos Macabeus e outros os tem como 
literamente canônicos. Varias e importantes Bíblias protestantes,
 como a Bíblia do Rei Tiago e a Bíblia espanhola Reina-Valera, contêm nas
 suas edições os deuterocanônicos.
Quanto ao Novo Testamento, os cristãos são unânimes em aceitar o 
Novo Testamento com seus 27 escritos.

Conceitos sobre a Bíblia

 experiência religiosa do povo de Israel. É o registro
 de várias pessoas, em diversos lugares, em 
contextos diversos. Acredita-se que tenha sido
 escrita ao longo de um período de 1.600 anos por
 cerca de 40 homens das mais diversas profissões, 
origens culturais e classes sociais.
Os cristãos acreditam que estes homens
 escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por
 isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada.
 No entanto, nem todos os seguidores da 
Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos
consideram que muitos dos textos da Bíblia são
 metafóricos ou que são textos datados que 
faziam sentido no tempo em que foram escritos,
 mas foram perdendo seu sentido dentro do 
contexto da atualidade.
Para a maior parcela do cristianismo a Bíblia é a 
Palavra de Deus, portanto ela é mais do que 
apenas um bom livro, é a vontade de
 Deus escrita para a humanidade. Para esses 
cristãos, nela se encontram, acima de tudo, 
as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios
 e normas de moral.
Não-cristãos de um modo geral veem a Bíblia como um livro comum,
 com importância histórica e que
 reflete a cultura do povo que o escreveu. Em regra os não-cristãos recusam
 qualquer origem divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou
 de nenhuma importância na vida moderna, 
ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da 
civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origem no Médio Oriente).
comunidade científica tem defendido a Bíblia como um importante 
documento histórico, narrado na perspectiva de um povo e na sua fé religiosa.
 Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a investigação e 
descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são 
permanentemente cruzados com outros documentos contemporâneos, uma
 vez que, a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania
 de seu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa
 atitude nos seus registros.
Independente da perspectiva que um determinado grupo tenha da Bíblia, o
 que mais chama a atenção neste livro é a sua influência em toda história
 da sociedade ocidental e mesmo mundial.
Face ao entendimento dela nações nasceram (Estados Unidos etc.), 
povos foram destruídos (IncasMaias, etc), o calendário foi alterado
 (Calendário Gregoriano), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje
 alteram e formatam nosso tempo. Sendo também o livro mais lido,
 mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade, 
boa parte das línguas e dialetos existentes já 
foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influência no mundo 
ocidental, cada grupo religioso oferece a sua interpretação, cada qual
 com compreensão peculiar.


Os idiomas originais

Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia:
 o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo
 o Antigo Testamento, com exceção dos livros chamados deuterocanônicos,
 e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em
 aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos
 do Antigo Testamento,
 foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. 
Segundo a tradição cristã, Evangelho de Mateus teria sido primeiramente
 escrito em hebraico, visto que a forma de 
escrever visava alcançar os judeus.
O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros
 o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico
 mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos,
 um hebraico elaborado, com termos novos e influência
 de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento,
 apesar das diferenças de estilo 
entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego
 "comum" ou "vulgar"em oposição ao grego clássico), o segundo 
idioma mais falado no Império Romano.
A primeira tradução latina da Bíblia foi a Vetus Latina, baseada na 
Septuaginta, e, portanto, contendo livros não incluídos na Bíblia hebraica.
 O Papa Dâmaso I montaria a primeira lista de livros da Bíblia,
 no Concílio de Roma em 382 d.C. Ele pediu a São Jerónimo que produzisse um 
texto confiável e consistente, traduzindo os textos originais em grego 
e hebraico para o latim. Esta tradução ficou conhecida como a Bíblia 
Vulgata Latina, antes disso havia grande confusão
 e divergência sobre os textos bíblicos a serem aceitos pelos cristãos e, em1546, o 
Concílio de Trento a declarou como a única Bíblia autêntica e oficial no
 rito latino da Igreja Católica.


Inspirado por Deus

O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus"
 [literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra 
grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16).
 Na ocasião, os livros que hoje compõem a Bíblia não estavam todos 
escritos e a Bíblia não havia sido compilada, entretanto alguns
 cristãos crêem que Paulo se referia à Bíblia que seria
 posteriormente canonizada. O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia
 foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo
 é que homens falaram em nome de Deus."
 (2 Pedro 1:21). O apóstolo Pedro atribui aos escritos de Paulo a
 mesma autoridade do Antigo Testamento: "E tende por salvação
 a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso
 amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe
 foi dada; falando disto, como emtodas as suas epístolas, entre as quais
 há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, 
e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição" 
(2 Pedro 3:15-16). Veja também os artigos Cânon Bíblico e Apócrifos.
Os cristãos creem que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração 
Divina, mas essa afirmação e considerada subjetiva na perspectiva
 de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação 
dos textos bíblicos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de 
religião para religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento
 a respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para teólogo, e mesmo
 de um crente para outro dependendo do idealismo e da filosofia
 religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas
, existe uma unidade.
 dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que
 "Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio", como declara
 repetidamente o renomado teólogo presbiteriano e filósofo,
 o Pastor Francis Schaeffer, dando a entender que a Bíblia constitui
 uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito Santo 
de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre
 os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus é o verdadeiro autor da 
bíblia, e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento
 Deus usou as suas personalidades e talentos individuais, para registrar por
 escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus
 propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da
 Bíblia determinará o seu destino eterno.


A interpretação bíblica

Diferente das várias mitologias, os assuntos narrados na Bíblia são 
geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos
 (de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e
 locais narrados na Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos
 ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela
 narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma.
[4] Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por 
Deus e, por isso, constitui não apenas parte da Palavra Divina
mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também 
a tal entendimento os livros do Novo Testamento. Os ateus e 
agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo
 por completo dos ensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao
 entendimento de que existem personagens cuja real existência e/ou atos
 praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais 
como os relatos de Adão e Eva, da narrativa da sociedade humana
 ante-diluviana, da Arca de Noé, o DilúvioJonas engolido por um
 "grande peixe", etc.
 A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos,
 tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos
 bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos:
  1. O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente;
  2. Deve-se buscar a intenção do escritor, e não interpretar a intenção do autor;
  3. A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se 
  4. captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes;
  5. O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou 
  6. contexto, bem como as contribuições dadas pela geografiageologiaarqueologia,
  7. antropologiacronologiabiologia, etc.


Sua estrutura interna

A Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longo 
de um período de cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas 
profissões, origens culturais e classes sociais,
 segundo a tradição judaico cristã. No entanto, exegetas cristãos divergem 
sobre a autoria e a datação das obras.
A sua divisão em capítulos e versículos que conhecemos hoje surgiu
 em momentos diferentes da história. A primeira divisão (em capítulos)
 credita-se a autoria ao arcebispo Stephen Langton da 
Cantuária, no século XIII, que fez as marcações dos mesmos através
 de uma sequência numérica em algarismos romanos nas margens dos manuscritos.
 A divisão em versículos foi realizada em 
1551 numa edição em grego do Novo Testamento pelo humanista
 e impressor Robert Stephanus.
 Pequenas diferenças nas divisões e numerações de capítulos e versículos 
adotadas podem ser observadas quando se comparam as edições da Bíblia católica,
 protestante ou judaica (Tanakh).


Origem do termo "Testamento"

Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes.
A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith
 (que significa aliança, pacto, convênio, contrato), e designa a aliança que
 Deus fez com o povo de Israel noMonte Sinai, tal como descrito no 
livro de Êxodo (Êxodo 24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Tendo sido esta aliança 
quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança
 (Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo
 (Mateus 26:28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira
 aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova
 (2 Coríntios 3:6-14).
Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora
 não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith 
designa "aliança" (compromisso bilateral) ediatheke tem o 
sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" 
(compromisso unilateral).
As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram 
a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente 
da primeira e da segunda aliança.
O termo testamento veio até nós através do latim quando a primeira versão latina do 
Velho Testamento grego traduziu diatheke por testamentumSão Jerônimo
revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo
 ao hebraico berith — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa 
significação no grego. Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para
 "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith.
As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas 
coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II,
 quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados
 como parte do cânon sagrado.


Livros do Antigo Testamento

  • O Antigo Testamento é composto de 46 livros: 39 conhecidos como protocanônicos e 7 
  • conhecidos como deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia
  •  Católica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou no Tanakh judaico.


Livros Protocanônicos


Pentateuco

Históricos

Poéticos e Sapienciais
 - Salmos - Provérbios - Eclesiastes (ou Coélet) - Cântico dos Cânticos de Salomão

Proféticos
Profetas Maiores
A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história
 de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos
 Profetas “Menores”.
Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - Daniel
Profetas Menores
Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes 
personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros.
Oseias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miqueias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu -

 Zacarias - Malaquias


Textos Deuterocanônicos

Históricos
Tobias - Judite - Adições em Ester (Ester 10:4 a 16:24) - I Macabeus - II Macabeus.
Poéticos e Sapienciais
Sabedoria - Eclesiástico (ou Sirácides).
Proféticos
Baruque - Adições em Daniel (Daniel 3:24-90, e Capítulos 13 e 14).
Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "apócrifos"
 pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, 
numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação
 Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou
 imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos, ortodoxos 
e por alguns protestantes, e igualmente pensam assim uma maioria judaica
 não farisaica, porque Jesus afirma que durou até João Batista,
 "A lei e os profetas duraram até João"(cf. Lucas 16:16Mateus 11:13).
No período entre o século III e o século I a.C. ocorre a Diáspora judaica
 helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes,
 dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se, 
esta se localiza em Alexandria no Egito, onde se falava muito a língua grega.
 A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos
 recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os 
reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C.
 tentou-se fixar o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a
 diferenciação entre judaísmo e cristianismo já era bem acentuada. 
E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico farisaico,
 não antes de gerar discussões que perduraram por pelo menos três ou 
quatro séculos, discussões não só sobre os Deuterocanônicos, mas inclusive
 sobre livros que hoje são por eles reconhecido como canônicos como Daniel,
 Ester, Cânticos dos Cânticos, para citar apenas esses, lembrando que os 
judeus Samaritanos, tem apenas como canônicos os livros do 
Pentateuco.
Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata),
 no início do Século IV, incluiu os deuterocanônicos e o canôn ficou como
 era desde o século I.A Igreja Católica os ratificou como inspirados da
 mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da
 Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade
 dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica
 farisaica. No Concílio de Trento, em 8 de abril de
 1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis(DH 1501),
 a Igreja Católica novamente os reafirma, após alguns grupos de
 Protestantismo os considerarem apócrifos, diante de outros do Protestantismo
 que permaneciam considerando-os como inspirados, permanecendo
 essa discussão no meio protestante até o inicio século XX, deixando então 
de fazer parte da maioria das Bíblias protestantes, por força
 maior das Sociedades Bíblicas.


Livros do Novo Testamento

  • O Novo Testamento é composto de 27 livros.


Livros Protocanônicos


Evangelhos
Mateus - Marcos - Lucas - João.

Livros de Atos
Atos dos Apóstolos (abreviado "Atos").

Cartas Apostólicas

Tratados Doutrinais


Textos Deuterocanônicos

Através dos séculos, desde o começo da era cristã, e inclusive em contextos
 protestantes durante os surgimento da Reforma Protestante do século XVI,
 os textos deuterocanônicos do Novo Testamento foram tão debatidos como os
 textos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Finalmente, os reformistas
 protestantes decidiram rejeitar sistematicamente todos os textos
deuterocanônicos do Antigo Testamento, e aceitar sistematicamente todos
 os textos deuterocanônicos do Novo Testamento.

Trechos Evangélicos
Marcos 16:9-20 - Lucas 22:43-44 - João 5:3'-4, 7:53 a 8:11, e todo o Capítulo 21.

Cartas Apostólicas

Tratados Doutrinais

Apocalipses
Apocalipse de João (abreviado "Apocalipse").


Versões e traduções bíblicas


A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético.

 Trata-se doApesar da antiguidade dos livros bíblicos,
 os manuscritos mais antigos que possuímos datam a 
maior parte do III e IV Século d.C.. Tais manuscritos são o resultado do
 trabalho de copistas (escribas) que, durante séculos, foram fazendo cópias
 dos textos, de modo a serem transmitidos às gerações seguintes. Transmitido
 por um trabalho desta natureza,o texto bíblico, como é óbvio,
 está sujeito a erros e modificações, involuntários ou voluntários, dos copistas,
 o que se traduz na coexistência, para um mesmo trecho bíblico, de várias versões
 que, embora não afetem grande
mente o conteúdo, suscitam diversas leituras e 
interpretações dum mesmo texto. O trabalho desenvolvido
 por especialistas que se dedicam a comparar as
 diversas versões e a selecioná-las, denomina-se 
Crítica Textual. E o resultado de seu trabalho
 são os Textos-Padrão. texto hebraico fixado
 ao longo dos séculos por escolas de copistas,
 chamados Massoretas, que tinham como
 particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade
 da cópia ao original. O trabalho dos massoretas,
 de cópia e também de vocalização do texto
 hebraico (que não tem vogais, e que, por esse 
motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de
 as indicar por meio de sinais), 
prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade deste trabalho, e 
por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético (sigla TM) 
é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.


No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e 
permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do
 Pentateuco Samaritano (os samaritanos que eram uma comunidade étnica
 e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que 
só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e principalmente 
a Septuaginta Grega (sigla LXX).
A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do
 Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em 
Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda 
que dizia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 
70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas 
também a tradução, fora inspirada por Deus. 
A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento
 que conhecemos. A sua grande importância provém também do fato de ter 
sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos,
desde o início, versão que continha os Deuterocanônicos, e a que é 
de maior citação do Novo Testamento, mais do que o Texto Massorético.
Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros 
Deuterocanônicos (aceitos como canónicos apenas pela Igreja Católica,
 Ortodoxa, e da maioria judaica da diáspora),
 e alguns escritos apócrifos (não aceitos como inspirados por Deus por
 nenhuma das religiões cristãs ocidentais).
Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento
que apresentam variantes. Diferentemente do Antigo Testamento,
 não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar, 
por assim dizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes, 
pelas sua antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce da Crítica Textual.
Uma outra versão com importância é a chamada Vulgata Latina,
 ou seja, a tradução para o latim por São Jerónimo, em 404 d.C., 
e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do
 Ocidente como a versão bíblica autorizada.
De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida,
 até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2.454 línguas e
 dialectos[5], sendo o livro mais traduzido do mundo.

Distribuição mundial de traduções da Bíblia
Continente/RegiãoPorçõesTestamentosBíbliasTotal
África218322163703
Ásia e Oceania3634951711029
Europa1123961212
América15331242507
Línguas artificiais2013
Total84811684382454


Língua portuguesa

Os primeiros registros da tradução de trechos da Bíblia para o português
 remontam ao final do século XIII, por Dom Dinis. Mas a primeira Bíblia 
completa em língua portuguesa foi publicada 
somente em 1753, na tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691).

Uma cópia da Bíblia de Gutenberg, de propriedade do Congresso norte-americano
O missionário e tradutor João Ferreira de 
Almeida foi o principal tradutor da Bíblia
 para a língua portuguesa.
Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era
 padre. Após converter-se ao protestantismo 
aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos
 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do
 espanhol para o português, que nunca chegou 
a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do
 Novo Testamento também do espanhol.
Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim,
 da versão de Theodore Beza, além de 
ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.
Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos originais, embora seja um
 mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como
 base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus,
editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época,
como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.
O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou
 5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que
 os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão 
holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais 
ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos.
Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas 
protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no
Museu Britânico. Após sua morte foram detectados vários erros de tradução,
e as sucessivas edições por que passou ao longo dos anos tornou o 
atual texto das Bíblias de Almeida bastante diferente do texto da 
primeira edição, mantendo, contudo, o estilo clássico do vocabulário.

O Tanakh e o Antigo Testamento

A divisão refletida pelo acrônimo Tanakh está atestada em documentos do 
período do Segundo Templo e na literatura rabínica. Durante aquele
período, entretando, o acrônimo Tanakh não era usado, sendo que o
termo apropriado era Mikra ("Leitura"). Este termo continua sendo
usado em nossos dias, junto com Tanakh, em referência as escrituras hebraicas.
No hebraico moderno, o uso do termo Mikrá dá um tom mais formal do
que o termo Tanakh.
De acordo com a tradição judaica, o Tanakh consiste de vinte e quatro livros.
 A Torá possui cinco livros, o Nevi'im oito e o Ketuvim onze.
Esses vinte e quatro livros são os mesmos livros encontrados no 
Antigo Testamento protestante, mas sua ordem é diferente.
A enumeração também difere: os cristãos contam esses livros como 
trinta e nove, pois contam como vários alguns livros que os judeus 
contam como um só.
O termo Velho Testamento, apesar de comum, é muitas vezes 
considerado pejorativo pelos judeus, pois pode ser interpretado 
como inferior ou antiquado.
O termo Bíblia hebraica é adotado por alguns estudiosos para indicar que
existe uma equivalência entre o Tanakh e o Antigo Testamento
tentando evitar algum sectarismo.
Os Antigos Testamentos católico e ortodoxo contêm seis livros que não estão
 incluídos no TanakhEles são chamados "Deuterocanônicos", ou seja,
foram canonizados em segundo ou mais tarde, mais precisamente durante
a contra-reforma. Todavia, tais livros sempre fizeram parte da literatura 
hebraica, sendo estudados nas sinagogas, tendo um estimado valor dentro
 do judaísmo e para a história de Israel, como é o caso de I Macabeus 
II Macabeus, os quais narram a heróica resistência ao helenismo na Palestina.
Nas bíblias das Igrejas Católica Romana e Ortodoxas, Daniel e o Livro 
de Esther podem incluir material deuterocanônico que não está
 na Tanakh ou no Antigo Testamento protestante.


Línguas


Rolo de Torá
A maior parte dos livros do Tanakh estão escritos em hebraico
Partes de DanielEsdras, uma sentença em Jeremias e 
um topônimo no Gênesis estão emaramaico, mas com escrita hebraica.


Deuterocanônicos

O que aconteceu no Concílio de Trento foi apenas uma
 confirmação dos Livros aceitos como pertencentes às
 Sagradas Escrituras que não é outra coisa senão a repetição 
da mesma lista aprovada pelo Concílio de Hipona em 367 d.C. em 
seu canon nº. 36:
Cânon 36 – “Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser 
lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as 
seguintes:
  • Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute,
  •  quatro livros dos Reinos(1),
  • dois livros dos Paralipômenos(2)
  • Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão(3),
  • doze livros dos Profetas(4),
  • Isaías, Jeremias(5),
  • Daniel, Ezequiel, TOBIAS, JUDITE, Ester, dois livros de Esdras(6)
  • e dois [livros] dos MACABEUS. E do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos(7),
  • um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo (8), uma do mesmo aos Hebreus(9),
  • duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João(10).
  • Sobre a confirmação deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar(11).
É também permitida a leitura das Paixões dos mártires na celebração de seus respectivos 
aniversários" (Concílio de Hipona, 08.Out.393).
NOTA: Pelo que consta da lista acima e conforme anotações abaixo, estão contidos neste cânon os 
sete livros DEUTEROCANÔNICOS alijados pelos rabinos e protestantes (destacados em 
MAIÚSCULAS).
1-Trata-se dos dois livros de Samuel (1Rs/2Rs) e os dois livros de Reis (3Rs/4Rs).
2-Isto é, os dois livros das Crônicas (1Cr/2Cr).
3-Ou seja: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, SABEDORIA e ECLESIÁSTICO.
4-A saber: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc,  Sofonias, Ageu,  Zacarias e Malaquias.
5-Incluindo as "Lamentações" e "BARUC", segundo a Septuaginta.
6-Isto é, o livro de Esdras e o livro de Neemias.
7-Mateus, Marcos, Lucas e João.
8-Aos Romanos, duas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses,  duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, a Tito e a Filemon.
9-Curiosa distinção resultada, provavelmente, dos escrúpulos que a  Igreja Africana tinha a  respeito da autenticidade literária paulina dessa epístola.
10-Percebe-se, assim, que o cânon coincide perfeitamente com o cânon  definido pelo  Concílio de Trento.
11-Trata-se da Igreja de Roma.


Canon Judaico

De acordo coma tradição judaica (Midrash Rabbah 12:12) o Canon Judaico 
é composto de 24 livros que se agrupam em 3 conjuntos: A Lei ou Instrução,
 Os Profetas e Os Escritos. Os livros de 1 e 2 Samuel, são reunidos em um só livro,
e 1 Reis e 2 Reis, também são considerados um só livro,
assim como os 12 profetas "menores" estão em um só livro - "Os 12 profetas". 
A ordem do Cânon é apresentada abaixo:
Torá ( תורה )
Instrução (Os 5 de Moisés) (5)
Neviim ( נביאים)
Profetas (8)
Kethuvim (כתובים)
Escritos (11)
O historiador judeu Flávio Josefo descreve em sua obra Contra Ápion[1], que o 
Canon possuía 22 livros. Algumas escolas sugerem que ele considerou Rute como parte
 de Juízes, eLamentações como parte de JeremiasJerônimo, autor da célebre tradução
 da Bíblia para o latim conhecida como Vulgata, também fez essa mesma afirmação no
 Prologus Galeatus.



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