Bíblia
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Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro"[1]) é o
texto religioso central do cristianismo e sendo o maior Best-Seller de todos os
tempos com mais de 6 Bilhões de cópias vendidas em todo o Mundo, 7 vezes
o número de cópias do 2º Colocado da Lista dos 21 Livros Mais Vendidos.[2]
Foi São Jerônimo, tradutor da Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao
conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina".
A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente
inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão
(além do cristianismo e do judaísmo, o islamismo).
São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinônimo de
"Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".
conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina".
A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente
inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão
(além do cristianismo e do judaísmo, o islamismo).
São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinônimo de
"Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".
As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus
cânones sagrados. Inclusive protestantes entre protestantes. Algumas
igrejas cristãs protestantes possuem 39 livros no Antigo Testamento
como parte do cânone de suas Bíblias, e outras, 46 livros. As Bíblias
protestantes que possuem 46 livros são das igrejas que aceitam os
deuterocanônicos como inspirados. A Igreja Católica possui 46 livros
no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (os livros de
Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácides), Baruque, I Macabeus
e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel).
Estes textos são chamados deuterocanônicos (ou "do segundo cânon")
pela Igreja Católica.
cânones sagrados. Inclusive protestantes entre protestantes. Algumas
igrejas cristãs protestantes possuem 39 livros no Antigo Testamento
como parte do cânone de suas Bíblias, e outras, 46 livros. As Bíblias
protestantes que possuem 46 livros são das igrejas que aceitam os
deuterocanônicos como inspirados. A Igreja Católica possui 46 livros
no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (os livros de
Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácides), Baruque, I Macabeus
e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel).
Estes textos são chamados deuterocanônicos (ou "do segundo cânon")
pela Igreja Católica.
Importante dizer que uma parcela grande de judeus, cerca de quatro quintos,
tem em seu cânon os deuterocanônicos, diferente da minoria farisaica palestinense.
E foi dessa minoria que alguns Protestantes do século XX, finalmente
retificaram seu cânon, com os aparecimentos das primeiras
Sociedades Bíblicas.
tem em seu cânon os deuterocanônicos, diferente da minoria farisaica palestinense.
E foi dessa minoria que alguns Protestantes do século XX, finalmente
retificaram seu cânon, com os aparecimentos das primeiras
Sociedades Bíblicas.
As igrejas cristãs ortodoxas, e as outras igrejas orientais, aceitam, além de
todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos
Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do
livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega,cóptica, eslava
e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).[3]
todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos
Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do
livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega,cóptica, eslava
e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).[3]
As igrejas cristãs protestantes, consideraram os textos deuterocanônicos
como apócrifos, mas os reconhecem como leitura proveitosa e moralizadora,
além do valor histórico dos livros dos Macabeus e outros os tem como
literamente canônicos. Varias e importantes Bíblias protestantes,
como a Bíblia do Rei Tiago e a Bíblia espanhola Reina-Valera, contêm nas
suas edições os deuterocanônicos.
como apócrifos, mas os reconhecem como leitura proveitosa e moralizadora,
além do valor histórico dos livros dos Macabeus e outros os tem como
literamente canônicos. Varias e importantes Bíblias protestantes,
como a Bíblia do Rei Tiago e a Bíblia espanhola Reina-Valera, contêm nas
suas edições os deuterocanônicos.
Quanto ao Novo Testamento, os cristãos são unânimes em aceitar o
Novo Testamento com seus 27 escritos.
Novo Testamento com seus 27 escritos.
Conceitos sobre a Bíblia
experiência religiosa do povo de Israel. É o registro
de várias pessoas, em diversos lugares, em
contextos diversos. Acredita-se que tenha sido
escrita ao longo de um período de 1.600 anos por
cerca de 40 homens das mais diversas profissões,
origens culturais e classes sociais.
de várias pessoas, em diversos lugares, em
contextos diversos. Acredita-se que tenha sido
escrita ao longo de um período de 1.600 anos por
cerca de 40 homens das mais diversas profissões,
origens culturais e classes sociais.
Os cristãos acreditam que estes homens
escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por
isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada.
No entanto, nem todos os seguidores da
Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos
consideram que muitos dos textos da Bíblia são
metafóricos ou que são textos datados que
faziam sentido no tempo em que foram escritos,
mas foram perdendo seu sentido dentro do
contexto da atualidade.
escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por
isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada.
No entanto, nem todos os seguidores da
Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos
consideram que muitos dos textos da Bíblia são
metafóricos ou que são textos datados que
faziam sentido no tempo em que foram escritos,
mas foram perdendo seu sentido dentro do
contexto da atualidade.
Para a maior parcela do cristianismo a Bíblia é a
Palavra de Deus, portanto ela é mais do que
apenas um bom livro, é a vontade de
Deus escrita para a humanidade. Para esses
cristãos, nela se encontram, acima de tudo,
as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios
e normas de moral.
Palavra de Deus, portanto ela é mais do que
apenas um bom livro, é a vontade de
Deus escrita para a humanidade. Para esses
cristãos, nela se encontram, acima de tudo,
as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios
e normas de moral.
Não-cristãos de um modo geral veem a Bíblia como um livro comum,
com importância histórica e que
reflete a cultura do povo que o escreveu. Em regra os não-cristãos recusam
qualquer origem divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou
de nenhuma importância na vida moderna,
ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da
civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origem no Médio Oriente).
com importância histórica e que
reflete a cultura do povo que o escreveu. Em regra os não-cristãos recusam
qualquer origem divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou
de nenhuma importância na vida moderna,
ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da
civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origem no Médio Oriente).
A comunidade científica tem defendido a Bíblia como um importante
documento histórico, narrado na perspectiva de um povo e na sua fé religiosa.
Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a investigação e
descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são
permanentemente cruzados com outros documentos contemporâneos, uma
vez que, a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania
de seu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa
atitude nos seus registros.
documento histórico, narrado na perspectiva de um povo e na sua fé religiosa.
Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a investigação e
descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são
permanentemente cruzados com outros documentos contemporâneos, uma
vez que, a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania
de seu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa
atitude nos seus registros.
Independente da perspectiva que um determinado grupo tenha da Bíblia, o
que mais chama a atenção neste livro é a sua influência em toda história
da sociedade ocidental e mesmo mundial.
Face ao entendimento dela nações nasceram (Estados Unidos etc.),
povos foram destruídos (Incas, Maias, etc), o calendário foi alterado
(Calendário Gregoriano), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje
alteram e formatam nosso tempo. Sendo também o livro mais lido,
mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade,
boa parte das línguas e dialetos existentes já
foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influência no mundo
ocidental, cada grupo religioso oferece a sua interpretação, cada qual
com compreensão peculiar.
que mais chama a atenção neste livro é a sua influência em toda história
da sociedade ocidental e mesmo mundial.
Face ao entendimento dela nações nasceram (Estados Unidos etc.),
povos foram destruídos (Incas, Maias, etc), o calendário foi alterado
(Calendário Gregoriano), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje
alteram e formatam nosso tempo. Sendo também o livro mais lido,
mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade,
boa parte das línguas e dialetos existentes já
foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influência no mundo
ocidental, cada grupo religioso oferece a sua interpretação, cada qual
com compreensão peculiar.
Os idiomas originais
Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia:
o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo
o Antigo Testamento, com exceção dos livros chamados deuterocanônicos,
e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em
aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos
do Antigo Testamento,
foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento.
Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente
escrito em hebraico, visto que a forma de
escrever visava alcançar os judeus.
o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo
o Antigo Testamento, com exceção dos livros chamados deuterocanônicos,
e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em
aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos
do Antigo Testamento,
foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento.
Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente
escrito em hebraico, visto que a forma de
escrever visava alcançar os judeus.
O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros
o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico
mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos,
um hebraico elaborado, com termos novos e influência
de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento,
apesar das diferenças de estilo
entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego
"comum" ou "vulgar", em oposição ao grego clássico), o segundo
idioma mais falado no Império Romano.
o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico
mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos,
um hebraico elaborado, com termos novos e influência
de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento,
apesar das diferenças de estilo
entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego
"comum" ou "vulgar", em oposição ao grego clássico), o segundo
idioma mais falado no Império Romano.
A primeira tradução latina da Bíblia foi a Vetus Latina, baseada na
Septuaginta, e, portanto, contendo livros não incluídos na Bíblia hebraica.
O Papa Dâmaso I montaria a primeira lista de livros da Bíblia,
no Concílio de Roma em 382 d.C. Ele pediu a São Jerónimo que produzisse um
texto confiável e consistente, traduzindo os textos originais em grego
e hebraico para o latim. Esta tradução ficou conhecida como a Bíblia
Vulgata Latina, antes disso havia grande confusão
e divergência sobre os textos bíblicos a serem aceitos pelos cristãos e, em1546, o
Concílio de Trento a declarou como a única Bíblia autêntica e oficial no
rito latino da Igreja Católica.
Septuaginta, e, portanto, contendo livros não incluídos na Bíblia hebraica.
O Papa Dâmaso I montaria a primeira lista de livros da Bíblia,
no Concílio de Roma em 382 d.C. Ele pediu a São Jerónimo que produzisse um
texto confiável e consistente, traduzindo os textos originais em grego
e hebraico para o latim. Esta tradução ficou conhecida como a Bíblia
Vulgata Latina, antes disso havia grande confusão
e divergência sobre os textos bíblicos a serem aceitos pelos cristãos e, em1546, o
Concílio de Trento a declarou como a única Bíblia autêntica e oficial no
rito latino da Igreja Católica.
Inspirado por Deus
O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus"
[literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra
grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16).
Na ocasião, os livros que hoje compõem a Bíblia não estavam todos
escritos e a Bíblia não havia sido compilada, entretanto alguns
cristãos crêem que Paulo se referia à Bíblia que seria
posteriormente canonizada. O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia
foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo
é que homens falaram em nome de Deus."
(2 Pedro 1:21). O apóstolo Pedro atribui aos escritos de Paulo a
mesma autoridade do Antigo Testamento: "E tende por salvação
a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso
amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe
foi dada; falando disto, como emtodas as suas epístolas, entre as quais
há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem,
e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição"
(2 Pedro 3:15-16). Veja também os artigos Cânon Bíblico e Apócrifos.
[literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra
grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16).
Na ocasião, os livros que hoje compõem a Bíblia não estavam todos
escritos e a Bíblia não havia sido compilada, entretanto alguns
cristãos crêem que Paulo se referia à Bíblia que seria
posteriormente canonizada. O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia
foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo
é que homens falaram em nome de Deus."
(2 Pedro 1:21). O apóstolo Pedro atribui aos escritos de Paulo a
mesma autoridade do Antigo Testamento: "E tende por salvação
a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso
amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe
foi dada; falando disto, como emtodas as suas epístolas, entre as quais
há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem,
e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição"
(2 Pedro 3:15-16). Veja também os artigos Cânon Bíblico e Apócrifos.
Os cristãos creem que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração
Divina, mas essa afirmação e considerada subjetiva na perspectiva
de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação
dos textos bíblicos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de
religião para religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento
a respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para teólogo, e mesmo
de um crente para outro dependendo do idealismo e da filosofia
religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas
, existe uma unidade.
Divina, mas essa afirmação e considerada subjetiva na perspectiva
de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação
dos textos bíblicos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de
religião para religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento
a respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para teólogo, e mesmo
de um crente para outro dependendo do idealismo e da filosofia
religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas
, existe uma unidade.
A fé dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que
"Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio", como declara
repetidamente o renomado teólogo presbiteriano e filósofo,
o Pastor Francis Schaeffer, dando a entender que a Bíblia constitui
uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito Santo
de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre
os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus é o verdadeiro autor da
bíblia, e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento
Deus usou as suas personalidades e talentos individuais, para registrar por
escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus
propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da
Bíblia determinará o seu destino eterno.
"Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio", como declara
repetidamente o renomado teólogo presbiteriano e filósofo,
o Pastor Francis Schaeffer, dando a entender que a Bíblia constitui
uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito Santo
de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre
os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus é o verdadeiro autor da
bíblia, e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento
Deus usou as suas personalidades e talentos individuais, para registrar por
escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus
propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da
Bíblia determinará o seu destino eterno.
A interpretação bíblica
Diferente das várias mitologias, os assuntos narrados na Bíblia são
geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos
(de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e
locais narrados na Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos
ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela
narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma.
[4] Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por
Deus e, por isso, constitui não apenas parte da Palavra Divina
mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também
a tal entendimento os livros do Novo Testamento. Os ateus e
agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo
por completo dos ensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao
entendimento de que existem personagens cuja real existência e/ou atos
praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais
como os relatos de Adão e Eva, da narrativa da sociedade humana
ante-diluviana, da Arca de Noé, o Dilúvio, Jonas engolido por um
"grande peixe", etc.
A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos,
tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos
bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos:
geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos
(de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e
locais narrados na Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos
ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela
narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma.
[4] Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por
Deus e, por isso, constitui não apenas parte da Palavra Divina
mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também
a tal entendimento os livros do Novo Testamento. Os ateus e
agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo
por completo dos ensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao
entendimento de que existem personagens cuja real existência e/ou atos
praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais
como os relatos de Adão e Eva, da narrativa da sociedade humana
ante-diluviana, da Arca de Noé, o Dilúvio, Jonas engolido por um
"grande peixe", etc.
A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos,
tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos
bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos:
- O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente;
- Deve-se buscar a intenção do escritor, e não interpretar a intenção do autor;
- A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se
- captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes;
- O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou
- contexto, bem como as contribuições dadas pela geografia, geologia, arqueologia,
- antropologia, cronologia, biologia, etc.
Sua estrutura interna
A Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longo
de um período de cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas
profissões, origens culturais e classes sociais,
segundo a tradição judaico cristã. No entanto, exegetas cristãos divergem
sobre a autoria e a datação das obras.
de um período de cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas
profissões, origens culturais e classes sociais,
segundo a tradição judaico cristã. No entanto, exegetas cristãos divergem
sobre a autoria e a datação das obras.
A sua divisão em capítulos e versículos que conhecemos hoje surgiu
em momentos diferentes da história. A primeira divisão (em capítulos)
credita-se a autoria ao arcebispo Stephen Langton da
Cantuária, no século XIII, que fez as marcações dos mesmos através
de uma sequência numérica em algarismos romanos nas margens dos manuscritos.
A divisão em versículos foi realizada em
1551 numa edição em grego do Novo Testamento pelo humanista
e impressor Robert Stephanus.
Pequenas diferenças nas divisões e numerações de capítulos e versículos
adotadas podem ser observadas quando se comparam as edições da Bíblia católica,
protestante ou judaica (Tanakh).
em momentos diferentes da história. A primeira divisão (em capítulos)
credita-se a autoria ao arcebispo Stephen Langton da
Cantuária, no século XIII, que fez as marcações dos mesmos através
de uma sequência numérica em algarismos romanos nas margens dos manuscritos.
A divisão em versículos foi realizada em
1551 numa edição em grego do Novo Testamento pelo humanista
e impressor Robert Stephanus.
Pequenas diferenças nas divisões e numerações de capítulos e versículos
adotadas podem ser observadas quando se comparam as edições da Bíblia católica,
protestante ou judaica (Tanakh).
Origem do termo "Testamento"
Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes.
A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith
(que significa aliança, pacto, convênio, contrato), e designa a aliança que
Deus fez com o povo de Israel noMonte Sinai, tal como descrito no
livro de Êxodo (Êxodo 24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Tendo sido esta aliança
quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança
(Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo
(Mateus 26:28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira
aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova
(2 Coríntios 3:6-14).
(que significa aliança, pacto, convênio, contrato), e designa a aliança que
Deus fez com o povo de Israel noMonte Sinai, tal como descrito no
livro de Êxodo (Êxodo 24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Tendo sido esta aliança
quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança
(Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo
(Mateus 26:28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira
aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova
(2 Coríntios 3:6-14).
Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora
não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith
designa "aliança" (compromisso bilateral) ediatheke tem o
sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento"
(compromisso unilateral).
não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith
designa "aliança" (compromisso bilateral) ediatheke tem o
sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento"
(compromisso unilateral).
As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram
a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente
da primeira e da segunda aliança.
a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente
da primeira e da segunda aliança.
O termo testamento veio até nós através do latim quando a primeira versão latina do
Velho Testamento grego traduziu diatheke por testamentum. São Jerônimo,
revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo
ao hebraico berith — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa
significação no grego. Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para
"contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith.
Velho Testamento grego traduziu diatheke por testamentum. São Jerônimo,
revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo
ao hebraico berith — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa
significação no grego. Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para
"contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith.
As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas
coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II,
quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados
como parte do cânon sagrado.
coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II,
quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados
como parte do cânon sagrado.
Livros do Antigo Testamento
- O Antigo Testamento é composto de 46 livros: 39 conhecidos como protocanônicos e 7
- conhecidos como deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia
- Católica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou no Tanakh judaico.
Livros Protocanônicos
Pentateuco
Históricos
Josué - Juízes - Rute - I Samuel - II Samuel - I Reis - II Reis - I Crônicas - II Crônicas - Esdras -
Neemias - Ester
Neemias - Ester
Poéticos e Sapienciais
Proféticos
- Profetas Maiores
A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história
de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos
Profetas “Menores”.
Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - Daniel
de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos
Profetas “Menores”.
Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - Daniel
- Profetas Menores
Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes
personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros.
Oseias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miqueias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu -
Zacarias - Malaquias
personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros.
Oseias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miqueias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu -
Zacarias - Malaquias
Textos Deuterocanônicos
- Históricos
- Poéticos e Sapienciais
Sabedoria - Eclesiástico (ou Sirácides).
- Proféticos
Baruque - Adições em Daniel (Daniel 3:24-90, e Capítulos 13 e 14).
Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "apócrifos"
pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus,
numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação
Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou
imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos, ortodoxos
e por alguns protestantes, e igualmente pensam assim uma maioria judaica
não farisaica, porque Jesus afirma que durou até João Batista,
"A lei e os profetas duraram até João"(cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).
pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus,
numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação
Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou
imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos, ortodoxos
e por alguns protestantes, e igualmente pensam assim uma maioria judaica
não farisaica, porque Jesus afirma que durou até João Batista,
"A lei e os profetas duraram até João"(cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).
No período entre o século III e o século I a.C. ocorre a Diáspora judaica
helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes,
dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se,
esta se localiza em Alexandria no Egito, onde se falava muito a língua grega.
A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos
recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os
reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C.
tentou-se fixar o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a
diferenciação entre judaísmo e cristianismo já era bem acentuada.
E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico farisaico,
não antes de gerar discussões que perduraram por pelo menos três ou
quatro séculos, discussões não só sobre os Deuterocanônicos, mas inclusive
sobre livros que hoje são por eles reconhecido como canônicos como Daniel,
Ester, Cânticos dos Cânticos, para citar apenas esses, lembrando que os
judeus Samaritanos, tem apenas como canônicos os livros do
Pentateuco.
helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes,
dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se,
esta se localiza em Alexandria no Egito, onde se falava muito a língua grega.
A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos
recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os
reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C.
tentou-se fixar o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a
diferenciação entre judaísmo e cristianismo já era bem acentuada.
E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico farisaico,
não antes de gerar discussões que perduraram por pelo menos três ou
quatro séculos, discussões não só sobre os Deuterocanônicos, mas inclusive
sobre livros que hoje são por eles reconhecido como canônicos como Daniel,
Ester, Cânticos dos Cânticos, para citar apenas esses, lembrando que os
judeus Samaritanos, tem apenas como canônicos os livros do
Pentateuco.
Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata),
no início do Século IV, incluiu os deuterocanônicos e o canôn ficou como
era desde o século I.A Igreja Católica os ratificou como inspirados da
mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da
Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade
dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica
farisaica. No Concílio de Trento, em 8 de abril de
1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis(DH 1501),
a Igreja Católica novamente os reafirma, após alguns grupos de
Protestantismo os considerarem apócrifos, diante de outros do Protestantismo
que permaneciam considerando-os como inspirados, permanecendo
essa discussão no meio protestante até o inicio século XX, deixando então
de fazer parte da maioria das Bíblias protestantes, por força
maior das Sociedades Bíblicas.
no início do Século IV, incluiu os deuterocanônicos e o canôn ficou como
era desde o século I.A Igreja Católica os ratificou como inspirados da
mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da
Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade
dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica
farisaica. No Concílio de Trento, em 8 de abril de
1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis(DH 1501),
a Igreja Católica novamente os reafirma, após alguns grupos de
Protestantismo os considerarem apócrifos, diante de outros do Protestantismo
que permaneciam considerando-os como inspirados, permanecendo
essa discussão no meio protestante até o inicio século XX, deixando então
de fazer parte da maioria das Bíblias protestantes, por força
maior das Sociedades Bíblicas.
Livros do Novo Testamento
- O Novo Testamento é composto de 27 livros.
Livros Protocanônicos
Evangelhos
Livros de Atos
Atos dos Apóstolos (abreviado "Atos").
Cartas Apostólicas
Romanos - I Coríntios - II Coríntios - Gálatas - Efésios - Filipenses - Colossenses -
I Tessalonicenses - II Tessalonicenses - I Timóteo - II Timóteo - Tito - Filémon - I Pedro.
I Tessalonicenses - II Tessalonicenses - I Timóteo - II Timóteo - Tito - Filémon - I Pedro.
Tratados Doutrinais
Textos Deuterocanônicos
Através dos séculos, desde o começo da era cristã, e inclusive em contextos
protestantes durante os surgimento da Reforma Protestante do século XVI,
os textos deuterocanônicos do Novo Testamento foram tão debatidos como os
textos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Finalmente, os reformistas
protestantes decidiram rejeitar sistematicamente todos os textos
deuterocanônicos do Antigo Testamento, e aceitar sistematicamente todos
os textos deuterocanônicos do Novo Testamento.
protestantes durante os surgimento da Reforma Protestante do século XVI,
os textos deuterocanônicos do Novo Testamento foram tão debatidos como os
textos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Finalmente, os reformistas
protestantes decidiram rejeitar sistematicamente todos os textos
deuterocanônicos do Antigo Testamento, e aceitar sistematicamente todos
os textos deuterocanônicos do Novo Testamento.
Trechos Evangélicos
Cartas Apostólicas
Tratados Doutrinais
Apocalipses
Apocalipse de João (abreviado "Apocalipse").
Versões e traduções bíblicas
A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético.
Trata-se doApesar da antiguidade dos livros bíblicos,
os manuscritos mais antigos que possuímos datam a
maior parte do III e IV Século d.C.. Tais manuscritos são o resultado do
trabalho de copistas (escribas) que, durante séculos, foram fazendo cópias
dos textos, de modo a serem transmitidos às gerações seguintes. Transmitido
por um trabalho desta natureza,o texto bíblico, como é óbvio,
está sujeito a erros e modificações, involuntários ou voluntários, dos copistas,
o que se traduz na coexistência, para um mesmo trecho bíblico, de várias versões
que, embora não afetem grande
mente o conteúdo, suscitam diversas leituras e
interpretações dum mesmo texto. O trabalho desenvolvido
por especialistas que se dedicam a comparar as
diversas versões e a selecioná-las, denomina-se
Crítica Textual. E o resultado de seu trabalho
são os Textos-Padrão. texto hebraico fixado
ao longo dos séculos por escolas de copistas,
chamados Massoretas, que tinham como
particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade
da cópia ao original. O trabalho dos massoretas,
de cópia e também de vocalização do texto
hebraico (que não tem vogais, e que, por esse
motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de
as indicar por meio de sinais),
prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade deste trabalho, e
por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético (sigla TM)
é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.
por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético (sigla TM)
é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.
No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e
permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do
Pentateuco Samaritano (os samaritanos que eram uma comunidade étnica
e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que
permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do
Pentateuco Samaritano (os samaritanos que eram uma comunidade étnica
e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que
só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e principalmente
a Septuaginta Grega (sigla LXX).
a Septuaginta Grega (sigla LXX).
A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do
Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em
Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda
que dizia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de
70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas
também a tradução, fora inspirada por Deus.
A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento
que conhecemos. A sua grande importância provém também do fato de ter
sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos,
desde o início, versão que continha os Deuterocanônicos, e a que é
de maior citação do Novo Testamento, mais do que o Texto Massorético.
Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em
Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda
que dizia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de
70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas
também a tradução, fora inspirada por Deus.
A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento
que conhecemos. A sua grande importância provém também do fato de ter
sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos,
desde o início, versão que continha os Deuterocanônicos, e a que é
de maior citação do Novo Testamento, mais do que o Texto Massorético.
Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros
Deuterocanônicos (aceitos como canónicos apenas pela Igreja Católica,
Ortodoxa, e da maioria judaica da diáspora),
e alguns escritos apócrifos (não aceitos como inspirados por Deus por
nenhuma das religiões cristãs ocidentais).
Deuterocanônicos (aceitos como canónicos apenas pela Igreja Católica,
Ortodoxa, e da maioria judaica da diáspora),
e alguns escritos apócrifos (não aceitos como inspirados por Deus por
nenhuma das religiões cristãs ocidentais).
Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento,
que apresentam variantes. Diferentemente do Antigo Testamento,
não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar,
por assim dizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes,
pelas sua antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce da Crítica Textual.
que apresentam variantes. Diferentemente do Antigo Testamento,
não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar,
por assim dizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes,
pelas sua antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce da Crítica Textual.
Uma outra versão com importância é a chamada Vulgata Latina,
ou seja, a tradução para o latim por São Jerónimo, em 404 d.C.,
e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do
Ocidente como a versão bíblica autorizada.
ou seja, a tradução para o latim por São Jerónimo, em 404 d.C.,
e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do
Ocidente como a versão bíblica autorizada.
De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida,
até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2.454 línguas e
dialectos[5], sendo o livro mais traduzido do mundo.
até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2.454 línguas e
dialectos[5], sendo o livro mais traduzido do mundo.
Distribuição mundial de traduções da Bíblia
Continente/Região | Porções | Testamentos | Bíblias | Total |
---|---|---|---|---|
África | 218 | 322 | 163 | 703 |
Ásia e Oceania | 363 | 495 | 171 | 1029 |
Europa | 112 | 39 | 61 | 212 |
América | 153 | 312 | 42 | 507 |
Línguas artificiais | 2 | 0 | 1 | 3 |
Total | 848 | 1168 | 438 | 2454 |
Língua portuguesa
Os primeiros registros da tradução de trechos da Bíblia para o português
remontam ao final do século XIII, por Dom Dinis. Mas a primeira Bíblia
completa em língua portuguesa foi publicada
somente em 1753, na tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691).
remontam ao final do século XIII, por Dom Dinis. Mas a primeira Bíblia
completa em língua portuguesa foi publicada
somente em 1753, na tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691).
O missionário e tradutor João Ferreira de
Almeida foi o principal tradutor da Bíblia
para a língua portuguesa.
Almeida foi o principal tradutor da Bíblia
para a língua portuguesa.
Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era
padre. Após converter-se ao protestantismo
aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos
16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do
espanhol para o português, que nunca chegou
a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do
Novo Testamento também do espanhol.
Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim,
da versão de Theodore Beza, além de
ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.
padre. Após converter-se ao protestantismo
aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos
16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do
espanhol para o português, que nunca chegou
a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do
Novo Testamento também do espanhol.
Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim,
da versão de Theodore Beza, além de
ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.
Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos originais, embora seja um
mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como
base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus,
editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época,
como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.
mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como
base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus,
editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época,
como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.
O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou
5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que
os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão
holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais
ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos.
Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas
protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no
Museu Britânico. Após sua morte foram detectados vários erros de tradução,
e as sucessivas edições por que passou ao longo dos anos tornou o
atual texto das Bíblias de Almeida bastante diferente do texto da
primeira edição, mantendo, contudo, o estilo clássico do vocabulário.
5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que
os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão
holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais
ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos.
Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas
protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no
Museu Britânico. Após sua morte foram detectados vários erros de tradução,
e as sucessivas edições por que passou ao longo dos anos tornou o
atual texto das Bíblias de Almeida bastante diferente do texto da
primeira edição, mantendo, contudo, o estilo clássico do vocabulário.
O Tanakh e o Antigo Testamento
A divisão refletida pelo acrônimo Tanakh está atestada em documentos do
período do Segundo Templo e na literatura rabínica. Durante aquele
período, entretando, o acrônimo Tanakh não era usado, sendo que o
termo apropriado era Mikra ("Leitura"). Este termo continua sendo
usado em nossos dias, junto com Tanakh, em referência as escrituras hebraicas.
No hebraico moderno, o uso do termo Mikrá dá um tom mais formal do
que o termo Tanakh.
que o termo Tanakh.
De acordo com a tradição judaica, o Tanakh consiste de vinte e quatro livros.
A Torá possui cinco livros, o Nevi'im oito e o Ketuvim onze.
Esses vinte e quatro livros são os mesmos livros encontrados no
Antigo Testamento protestante, mas sua ordem é diferente.
A enumeração também difere: os cristãos contam esses livros como
trinta e nove, pois contam como vários alguns livros que os judeus
contam como um só.
O termo Velho Testamento, apesar de comum, é muitas vezes
considerado pejorativo pelos judeus, pois pode ser interpretado
como inferior ou antiquado.
O termo Bíblia hebraica é adotado por alguns estudiosos para indicar que
existe uma equivalência entre o Tanakh e o Antigo Testamento,
tentando evitar algum sectarismo.
Os Antigos Testamentos católico e ortodoxo contêm seis livros que não estão
incluídos no Tanakh. Eles são chamados "Deuterocanônicos", ou seja,
foram canonizados em segundo ou mais tarde, mais precisamente durante
a contra-reforma. Todavia, tais livros sempre fizeram parte da literatura
hebraica, sendo estudados nas sinagogas, tendo um estimado valor dentro
do judaísmo e para a história de Israel, como é o caso de I Macabeus
e II Macabeus, os quais narram a heróica resistência ao helenismo na Palestina.
Nas bíblias das Igrejas Católica Romana e Ortodoxas, Daniel e o Livro
de Esther podem incluir material deuterocanônico que não está
na Tanakh ou no Antigo Testamento protestante.
Línguas
A maior parte dos livros do Tanakh estão escritos em hebraico.
Deuterocanônicos
O que aconteceu no Concílio de Trento foi apenas uma
confirmação dos Livros aceitos como pertencentes às
Sagradas Escrituras que não é outra coisa senão a repetição
da mesma lista aprovada pelo Concílio de Hipona em 367 d.C. em
seu canon nº. 36:
Cânon 36 – “Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser
lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as
seguintes:
lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as
seguintes:
- Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute,
- quatro livros dos Reinos(1),
- dois livros dos Paralipômenos(2)
- Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão(3),
- doze livros dos Profetas(4),
- Isaías, Jeremias(5),
- Daniel, Ezequiel, TOBIAS, JUDITE, Ester, dois livros de Esdras(6)
- e dois [livros] dos MACABEUS. E do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos(7),
- um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo (8), uma do mesmo aos Hebreus(9),
- duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João(10).
- Sobre a confirmação deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar(11).
É também permitida a leitura das Paixões dos mártires na celebração de seus respectivos
aniversários" (Concílio de Hipona, 08.Out.393).
aniversários" (Concílio de Hipona, 08.Out.393).
NOTA: Pelo que consta da lista acima e conforme anotações abaixo, estão contidos neste cânon os
sete livros DEUTEROCANÔNICOS alijados pelos rabinos e protestantes (destacados em
MAIÚSCULAS).
sete livros DEUTEROCANÔNICOS alijados pelos rabinos e protestantes (destacados em
MAIÚSCULAS).
- 1-Trata-se dos dois livros de Samuel (1Rs/2Rs) e os dois livros de Reis (3Rs/4Rs).
- 2-Isto é, os dois livros das Crônicas (1Cr/2Cr).
- 3-Ou seja: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, SABEDORIA e ECLESIÁSTICO.
- 4-A saber: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
- 5-Incluindo as "Lamentações" e "BARUC", segundo a Septuaginta.
- 6-Isto é, o livro de Esdras e o livro de Neemias.
- 7-Mateus, Marcos, Lucas e João.
- 8-Aos Romanos, duas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, a Tito e a Filemon.
- 9-Curiosa distinção resultada, provavelmente, dos escrúpulos que a Igreja Africana tinha a respeito da autenticidade literária paulina dessa epístola.
- 10-Percebe-se, assim, que o cânon coincide perfeitamente com o cânon definido pelo Concílio de Trento.
- 11-Trata-se da Igreja de Roma.
Canon Judaico
De acordo coma tradição judaica (Midrash Rabbah 12:12) o Canon Judaico
é composto de 24 livros que se agrupam em 3 conjuntos: A Lei ou Instrução,
Os Profetas e Os Escritos. Os livros de 1 e 2 Samuel, são reunidos em um só livro,
e 1 Reis e 2 Reis, também são considerados um só livro,
assim como os 12 profetas "menores" estão em um só livro - "Os 12 profetas".
A ordem do Cânon é apresentada abaixo:
Torá ( תורה ) Instrução (Os 5 de Moisés) (5) | Neviim ( נביאים) Profetas (8) | Kethuvim (כתובים) Escritos (11)
|
O historiador judeu Flávio Josefo descreve em sua obra Contra Ápion[1], que o
Canon possuía 22 livros. Algumas escolas sugerem que ele considerou Rute como parte
de Juízes, eLamentações como parte de Jeremias. Jerônimo, autor da célebre tradução
da Bíblia para o latim conhecida como Vulgata, também fez essa mesma afirmação no
Prologus Galeatus.
Canon possuía 22 livros. Algumas escolas sugerem que ele considerou Rute como parte
de Juízes, eLamentações como parte de Jeremias. Jerônimo, autor da célebre tradução
da Bíblia para o latim conhecida como Vulgata, também fez essa mesma afirmação no
Prologus Galeatus.